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Como o ovo de galinha virou chocolate e conquistou a Páscoa no mundo todo

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Dos rituais pagãos à inovação da confeitaria francesa no século XVIII, o ovo de Páscoa percorreu uma longa trajetória até chegar às prateleiras dos supermercados modernos.

Associado hoje a chocolates recheados e embalagens coloridas, o ovo de Páscoa carrega um legado simbólico e histórico que transcende seu valor comercial.

A tradição tem raízes anteriores ao Cristianismo. Entre romanos, gregos e egípcios, o ovo era símbolo de fertilidade e renovação, especialmente nas celebrações da primavera.

A prática de presentear ovos decorados já era comum nessas civilizações como forma de marcar o ciclo de renascimento da natureza.

Com o Cristianismo, o ovo ganhou novo significado. Passou a representar a ressurreição de Jesus Cristo e foi integrado às celebrações pascais, especialmente no Leste Europeu, onde a tradição de pintar ovos sobrevive até hoje. Lendas como a de Maria Madalena, que teria apresentado ovos vermelhos ao imperador romano como prova da ressurreição, ajudaram a consolidar o símbolo na iconografia cristã.

Durante a Idade Média, a Igreja proibia o consumo de ovos durante a Quaresma, tornando-os item desejado na Páscoa. A nobreza chegou a trocar ovos pintados, banhados a ouro ou feitos de porcelana.

O auge dessa sofisticação se deu no século XIX com os famosos ovos Fabergé, encomendados pela família imperial russa.

A virada para os ovos de chocolate começou entre os séculos XVII e XVIII, na França, quando confeiteiros passaram a preencher cascas de ovos com chocolate amargo.

O processo era artesanal e caro, restrito à elite. A inovação foi acelerada com o lançamento, em 1873, do primeiro ovo de chocolate maciço pela britânica Fry’s.

A partir do século XX, o avanço da tecnologia alimentícia possibilitou a produção em massa. A adição de leite, manteiga de cacau e açúcar deixou o sabor mais acessível, impulsionando a popularização dos ovos. Marcas passaram a investir em recheios variados, brindes e campanhas de marketing, transformando o produto em fenômeno comercial sazonal.

A cronologia do ovo: de símbolo ritual a ícone do consumo

O símbolo da Páscoa ganhou contornos diferentes ao longo dos séculos.

Na Antiguidade, o ovo era um artefato de rituais; na Idade Média, virou moeda simbólica entre os nobres; hoje, é parte de um mercado bilionário.

A evolução do produto reflete transformações sociais e o papel da inovação no consumo.

O ovo de Páscoa de chocolate é, portanto, resultado de uma interseção entre tradições espirituais e estratégias industriais

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